A primeira razão que me faz pensar que uma família é importante é que, sem ela, sem um progenitor e uma progenitora não viríamos ao mundo... Sem alguém que nos acolhesse, nos nutrisse e nos cuidasse, não sobreviveríamos. E, se ninguém nos educasse, não conseguiríamos inserir-nos na sociedade, de forma a termos espaço nela.
E isto é importante? - perguntarão alguns dentre vós. Eu penso que sim.
A família é tida como o primeiro dos portos de abrigo. Na fase em que nos apresentamos mais vulneráveis ao mundo, quando nascemos, é ela que nos acompanha a par e passo. E daí por diante, a família passa a ser lugar de afectos, emoções, descobertas, solidão, companhia, angústias, tristezas, preocupações e alegrias.
A família estende os seus braços aos vizinhos, amigos, às pessoas com quem trabalhamos ou estudamos todos os dias. Porque família, mais do que um laço de sangue é um laço que envolve presença, comprometimento, interdependência. Pode um pai não ser da família de um filho (apenas para citar um exemplo)? Claramente, sim! Ninguém retira o laço biológico e, quanto a mim, não há porque renegar pais ou mães, filhos ou outro tipo de parentes. Agora, considerar alguém 'da família' é mais do que isso, porque a partir de certo momento (desde muito cedo) podemos escolher as pessoas que são mais importantes para nós, sem a presença das quais não seria a mesma coisa. E quando a única coisa que temos são ausências, esses laços acabam por conseguir dissolver-se...
Por outro lado, todos temos um familiar caricato, a relembrar nas reuniões familiares, todos temos algum parente com o qual nos identificamos mais... Ter uma família é como ter uma garantia de que não estamos sós, de que importamos para alguém. E isso é reconfortante. Dentro da família encontramos as pessoas por quem fazemos as maiores loucuras e sacrifícios, com quem choramos as nossas lágrimas e damos os nossos mais belos sorrisos...
A família é um local de encontro com o outro, onde por vezes, deixamos cair por terra a máscara que usamos 'lá fora' e podemos ser genuínos.
Noutros casos, temos relações que forçamos em nome de uma ideia de 'família', mesmo que muitas vezes essa ligação nos magoe ou nos torne infelizes. Temos de aprender a desligar-nos e a perceber que família, mais do que uma prisão, é liberdade, mais do que obrigatoriedade deve ser um prazer!... Claro que não podemos encarar isto com leviandade e cortar laços com o mundo inteiro, desresponsabilizarmo-nos de fazer parte da vida do outro... Mas encararmos que o ser humano vive para aprender em conjunto com o outro, constrói a sua própria felicidade a partir do relacionamento que tem com o outro é fundamental.
* fotografia de Margarida Fernandes
E isto é importante? - perguntarão alguns dentre vós. Eu penso que sim.
A família é tida como o primeiro dos portos de abrigo. Na fase em que nos apresentamos mais vulneráveis ao mundo, quando nascemos, é ela que nos acompanha a par e passo. E daí por diante, a família passa a ser lugar de afectos, emoções, descobertas, solidão, companhia, angústias, tristezas, preocupações e alegrias.
A família estende os seus braços aos vizinhos, amigos, às pessoas com quem trabalhamos ou estudamos todos os dias. Porque família, mais do que um laço de sangue é um laço que envolve presença, comprometimento, interdependência. Pode um pai não ser da família de um filho (apenas para citar um exemplo)? Claramente, sim! Ninguém retira o laço biológico e, quanto a mim, não há porque renegar pais ou mães, filhos ou outro tipo de parentes. Agora, considerar alguém 'da família' é mais do que isso, porque a partir de certo momento (desde muito cedo) podemos escolher as pessoas que são mais importantes para nós, sem a presença das quais não seria a mesma coisa. E quando a única coisa que temos são ausências, esses laços acabam por conseguir dissolver-se...
Por outro lado, todos temos um familiar caricato, a relembrar nas reuniões familiares, todos temos algum parente com o qual nos identificamos mais... Ter uma família é como ter uma garantia de que não estamos sós, de que importamos para alguém. E isso é reconfortante. Dentro da família encontramos as pessoas por quem fazemos as maiores loucuras e sacrifícios, com quem choramos as nossas lágrimas e damos os nossos mais belos sorrisos...
A família é um local de encontro com o outro, onde por vezes, deixamos cair por terra a máscara que usamos 'lá fora' e podemos ser genuínos.
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Noutros casos, temos relações que forçamos em nome de uma ideia de 'família', mesmo que muitas vezes essa ligação nos magoe ou nos torne infelizes. Temos de aprender a desligar-nos e a perceber que família, mais do que uma prisão, é liberdade, mais do que obrigatoriedade deve ser um prazer!... Claro que não podemos encarar isto com leviandade e cortar laços com o mundo inteiro, desresponsabilizarmo-nos de fazer parte da vida do outro... Mas encararmos que o ser humano vive para aprender em conjunto com o outro, constrói a sua própria felicidade a partir do relacionamento que tem com o outro é fundamental.
* fotografia de Margarida Fernandes
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