Estamos sempre a tempo de mudar.
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Parece que quando nos dizem isto, estão a desvalorizar as dificuldades que ainda vamos encontrar no nosso caminho. E, na verdade, estão as desvalorizar as dificuldades, sim! Estão a colocar o foco nos esforços que nós vamos realizar. E, ao mesmo tempo, de uma maneira subtil, estão connosco, como uma base de sustentação. Estão a olhar para os resultados de uma forma mais concreta do que nós, estão a reconhecer que há o objectivo de mudar.
Então, se é bom, porque não é fácil? Não é tudo o que é mais fácil, melhor?
Não, nem sempre. Se percebermos que há um propósito no sofrimento e que este é a aprendizagem de estratégias de superação, de auto-regulação, então já fará mais sentido a adversidade. E como me disse Rita Loureiro Graça, porque não abraçarmos a nossa sombra? Aceitarmos que ela tem de ser proporcional à nossa luz! Faz-vos sentido? Se nos treinarmos a pensar e a sentir que se vem o mau, o bem que virá em seguida terá de ser proporcional... então não estamos a atrair o bem para nós?
Somos ímanes. Atraímos. E quando nos surge um ataque feroz da lei de Murphy? Deixamo-nos vencer pela maior probabilidade de, a seguir a um acontecimento mau, virem outros por atacado? Baixamos os braços? Damo-nos por vencidos? Ou batalhamos? Ou acreditamos que a seguir a um acontecimento mau, se eu mantiver uma atitude positiva, irei criar a probabilidade de vir um acontecimento bom?
É um trajecto, por vezes, angustiante, este de crescer. E, muitas vezes, pelo caminho sentimos emoções como raiva, tristeza, sentimo-nos frustrados e desanimados. Lembremo-nos, então, de que nada existe sem o seu contrário: conhecemos a morte por oposição à vida, o amor por oposição ao ódio, o Bem por oposição ao Mal, etc.. Então, a raiva dará lugar à calma, a tristeza transformar-se-á, necessariamente em alegria, através da nossa persistência e determinação. Resistiremos com cada vez maior facilidade à frustração (e ao stress) e viveremos a vida de uma forma mais esperançosa, porque agora, acreditamos em algo (melhor) para nós!
Alguma vez tivemos a experiência de acreditar que algo bom se vai realizar (um baptizado, um casamento, o nascimento de um filho, uma festa de finalistas, um emprego novo and so on and so on) e esse algo bom se realizou?
Então, porque não hão-de outras coisas boas acontecer nas nossas vidas? Muita gente tem sonhos. Muitas pessoas, no entanto só têm intenções: de emagrecer, de namorar, de arranjar um emprego, de deixar de ser tão ingénuo e por aí fora. Estas últimas, dificilmente o farão. Mas, as primeiras, têm uma forte probabilidade de realizarem as suas conquistas. A concretização dos nossos desejos obedece a um mecanismo:
1.visualizarmos o que queremos e aprendermos ao longo do tempo a antever o gozo e a satisfação que isso nos trará;
2. o traçar de um plano (esboço) dos passos que temos de dar, analisando condições internas e externas ao nosso 'eu', definindo um objectivo claro e mensurável como meta;
3. o desenhar de uma estratégia que nos permita realizar esses passos e minorar as condições desfavoráveis;
4. realizá-los;
5. ter uma certa flexibilidade (q.b.), chamemos-lhe antes adaptabilidade: a capacidade de redefinir estratégias perante um novo obstáculo, mantendo um foco no objectivo que estabelecemos lá atrás;
6. concretização do objectivo;
7. celebração da conquista, valorização do eu guerreiro.
Este último promove a auto-estima e grava no nosso cérebro a sensação de felicidade momentânea ao conseguirmos o que tanto queríamos. E é esta mesma felicidade que iremos procurar no nosso próximo objectivo!
(E quando o nosso cérebro nos prega partidas? Seguiremos com a hipótese de uma resposta no próximo tema: o da saúde mental.)
* fotografia de Bernardo Ereira
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Parece que quando nos dizem isto, estão a desvalorizar as dificuldades que ainda vamos encontrar no nosso caminho. E, na verdade, estão as desvalorizar as dificuldades, sim! Estão a colocar o foco nos esforços que nós vamos realizar. E, ao mesmo tempo, de uma maneira subtil, estão connosco, como uma base de sustentação. Estão a olhar para os resultados de uma forma mais concreta do que nós, estão a reconhecer que há o objectivo de mudar.
Então, se é bom, porque não é fácil? Não é tudo o que é mais fácil, melhor?
Não, nem sempre. Se percebermos que há um propósito no sofrimento e que este é a aprendizagem de estratégias de superação, de auto-regulação, então já fará mais sentido a adversidade. E como me disse Rita Loureiro Graça, porque não abraçarmos a nossa sombra? Aceitarmos que ela tem de ser proporcional à nossa luz! Faz-vos sentido? Se nos treinarmos a pensar e a sentir que se vem o mau, o bem que virá em seguida terá de ser proporcional... então não estamos a atrair o bem para nós?
Somos ímanes. Atraímos. E quando nos surge um ataque feroz da lei de Murphy? Deixamo-nos vencer pela maior probabilidade de, a seguir a um acontecimento mau, virem outros por atacado? Baixamos os braços? Damo-nos por vencidos? Ou batalhamos? Ou acreditamos que a seguir a um acontecimento mau, se eu mantiver uma atitude positiva, irei criar a probabilidade de vir um acontecimento bom?
É um trajecto, por vezes, angustiante, este de crescer. E, muitas vezes, pelo caminho sentimos emoções como raiva, tristeza, sentimo-nos frustrados e desanimados. Lembremo-nos, então, de que nada existe sem o seu contrário: conhecemos a morte por oposição à vida, o amor por oposição ao ódio, o Bem por oposição ao Mal, etc.. Então, a raiva dará lugar à calma, a tristeza transformar-se-á, necessariamente em alegria, através da nossa persistência e determinação. Resistiremos com cada vez maior facilidade à frustração (e ao stress) e viveremos a vida de uma forma mais esperançosa, porque agora, acreditamos em algo (melhor) para nós!
Alguma vez tivemos a experiência de acreditar que algo bom se vai realizar (um baptizado, um casamento, o nascimento de um filho, uma festa de finalistas, um emprego novo and so on and so on) e esse algo bom se realizou?
Então, porque não hão-de outras coisas boas acontecer nas nossas vidas? Muita gente tem sonhos. Muitas pessoas, no entanto só têm intenções: de emagrecer, de namorar, de arranjar um emprego, de deixar de ser tão ingénuo e por aí fora. Estas últimas, dificilmente o farão. Mas, as primeiras, têm uma forte probabilidade de realizarem as suas conquistas. A concretização dos nossos desejos obedece a um mecanismo:
1.visualizarmos o que queremos e aprendermos ao longo do tempo a antever o gozo e a satisfação que isso nos trará;
2. o traçar de um plano (esboço) dos passos que temos de dar, analisando condições internas e externas ao nosso 'eu', definindo um objectivo claro e mensurável como meta;
3. o desenhar de uma estratégia que nos permita realizar esses passos e minorar as condições desfavoráveis;
4. realizá-los;
5. ter uma certa flexibilidade (q.b.), chamemos-lhe antes adaptabilidade: a capacidade de redefinir estratégias perante um novo obstáculo, mantendo um foco no objectivo que estabelecemos lá atrás;
6. concretização do objectivo;
7. celebração da conquista, valorização do eu guerreiro.
Este último promove a auto-estima e grava no nosso cérebro a sensação de felicidade momentânea ao conseguirmos o que tanto queríamos. E é esta mesma felicidade que iremos procurar no nosso próximo objectivo!
(E quando o nosso cérebro nos prega partidas? Seguiremos com a hipótese de uma resposta no próximo tema: o da saúde mental.)
* fotografia de Bernardo Ereira
Lindo! Já vi que a formação foi assimilada ahah E sim, sinto que o caminho do amor e da ternura nos leva a mais amor e ternura, se não formos capazes nós mesmos de abraçarmos a nossa sombra, como podemos esperar isso do mundo à nossa volta? Acolhendo, somos acolhidos. Acredito sinceramente nisto :) obrigada pelo texto tão claro e incentivador!
ResponderEliminarObrigada eu pela inspiração que encontrei em ti e na Maria João Martins... Acredito mesmo que o caminho é por aí... Bjs
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